SHIMANO S.L.A. TEM MUDANÇAS EM SEU CORPO DIRETIVO

Jaime de La Rica assumiu em setembro de 2021 o cargo recém-criado de diretor da empresa para a América Latina (SLA) se reportando ao vice-presidente Fabio Takayanagi, que está no Japão.

Mudanças na diretoria para a América Latina com Jaime De La Rica, assumindo negócios para a América Latina, desde setembro de 2021, se reportando a Fabio Takayanagi, da Vice-Presidência de Administração de Vendas e Produção das fábricas Shimano em todo o mundo, que segue no Japão. Não houve mudanças nos executivos no Brasil, onde Rogério Tancredi permanece no cargo de gerente de vendas e marketing.

Desabastecimento e reajustes de preços: A empresa está inaugurando novas plantas fabris ao redor do mundo para suprir a demanda do mercado que segue em alta. No caso sejam promovidos novos lockdowns nas localidades onde a empresa tem suas bases, os prazos de entrega de produtos poderão ser prorrogados conforme a necessidade de adequação da produção, lembrando que esses prazos hoje podem chegar a 180 dias (ou mais), em alguns casos de produtos Shimano.

Com relação à alta de preços, um executivo da Shimano no Brasil afirma ser inevitável, pois os insumos para a fabricação subiram no mundo todo, e por aqui ainda tem a alta do dólar, que avança 7,36% em 2021, 5º ano seguido de valorização sobre o real.

Mas o fator determinante foi o aumento dos custos de frete marítimo. Análises publicadas no Relatório Sobre o Transporte Marítimo 2021 estimam que, se o aumento do custo dos fretes marítimos for mantido, poderá incrementar os preços de importação mundial em 11% e os preços ao consumidor em 1,5%, na média, de agora até 2023. Cerca de 80% do comércio mundial é feito por via marítima.

Segundo esse executivo, não se deve verificar no Brasil um novo ?boom? da bicicleta, pois apesar de já vivermos no 3º. ano de pandemia de covid-19, no início do fenômeno, as pessoas faziam aquisições de grandes volumes de bicicletas porque tinham reservas financeiras estavam confinadas em casa, o que hoje não é mais uma realidade. Atualmente a maioria dos consumidores não está disposto a gastar 4 mil reais, que seria o preço a ser pago em uma nova bike de qualidade, porque vivem uma incerteza do momento econômico para 2022 no Brasil, respaldado pelo achatamento do poder de compra, com reajustes salariais que não cobrem a inflação, taxas de desemprego ainda muito elevadas, e alta de inflação anual na casa de 2 dígitos.

A Shimano promoveu em setembro de 2021 a edição do Shimano Fest, ocorrida apenas de forma on-line, e agora vive a expectativa de que o evento possa ser feito de forma presencial em agosto deste ano.

Shimano XTR M9100 Cross Country, grupo de 12 velocidades lançado em 2019

Crédito: Shimano/Divulgação

Eduardo Santos

Diretor de Redação da Revista Bicycle