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 Sep 11

ALIANÇA BIKE DIVULGA DOCUMENTO DE PESQUISA SOBRE MERCADO DE ELÉTRICAS


Seminário on-line "O mercado e o uso de bicicletas elétricas no Brasil", realizado em 3 de setembro discutiu os dados das pesquisa da entidade

A Aliança Bike, o LABMOB/UFRJ, o Itaú e a Multiplicidade Mobilidade promoveram o Seminário "O mercado e o uso de bicicletas elétricas no Brasil", no dia 03 de Setembro, em evento on-line.

Na ocasião foi lançado o Caderno Técnico de Bicicletas Elétricas, primeiro volume da coletânea que a Aliança Bike, o LABMOB e o Banco Itaú promoveram sobre o Mercado de Bicicletas no Brasil.

Esta edição, focada nas bicicletas elétricas, contou com coordenação executiva da Multiplicidade Mobilidade e apresentará, além dos dados mais atualizados sobre este mercado, uma inédita pesquisa sobre perfil, comportamento e opinião de ciclistas usuários de bicicletas elétricas no Brasil. Ainda, foram apresentados estudos de caso de empresas do segmento.

O que chama atenção neste estudo da Aliança Bike é quando ele apresenta o tamanho do mercado de bicicletas elétricas em 2019.

No documento sobre o Mercado de Bicicletas Elétricas no Brasil, A Aliança Bike afirma que foram 25 mil unidades comercializadas no ano passado, dizendo que "conforme levantamento com produtores e importadores associados da Aliança Bike, o volume de produção equivale a 80% do volume de importação em 2019. E dados da Abraciclo indicam 2.958 bicicletas elétricas produzidas em 2019. Ou seja, aproximadamente 3 mil. Colocando na equação: Assim, calcula-se que o mercado de bicicletas elétricas em 2019 foi de 25 mil unidades, sendo aproximadamente 50% importadas e 50% produzidas no Brasil."

Por essas informações, se 50% do mercado é produzido no país, tirando os números das associadas da Abraciclo (Sense Bike e Caloi), presentes na Zona Franca de Manaus (2.958 unidades), o restante é parte dos produtores ligados à Aliança Bike, o que nos leva a concluir que produziram 9.500 unidades em 2019.

Questionada sobre quais são esses fabricantes/produtores e qual o share de mercado de cada um deles, obtivemos a seguinte resposta: 

"Não chamamos de 'fabricantes', mas sim de produtores. Isso porque o processo é basicamente de montagem. O cálculo diz respeito a todas as empresas que não importam bicicletas elétricas inteiras, ou seja, que montam em território brasileiro. Podemos citar algumas, em sua maioria associadas da Aliança Bike: Vela, Pedalla (uma parte é montagem), E-moving, Dream Bike, Track Bikes, Blitz", afirma Daniel Guth, diretor-executivo da Aliança Bike.

Das empresas citadas, até o fechamento desta matéria em 11 de setembro, apenas a Vela Bike e a Track Bikes responderam sobre esses dados de mercado.

A Vela Bikes, através de sua assessoria de imprensas, divulgou a seguinte nota: "Em 2019, a Vela apresentou um crescimento na receita de mais de 50% com relação à 2018. Além disso, registrou um aumento nas venda on-line. Passou de 5% em 2018 para 65% em 2019.

Estamos fechando os números de produção porque ano passado tivemos uma representatividade muito grande no fim do ano com as reservas da Vela 2, porém esses números não foram refletidos em produção, que está acontecendo agora nesse ano. Mas, em 2019 foram produzidas cerca de 800 bikes."

Já a Track Bikes, através de João Paulo Argeri, diretor comercial, afirmou que sua empresa é fabricantes de bicicletas elétricas e que possui "2 modelos em linha, sendo uma Aro 26 e uma Aro 29." Sobre quantas bicicletas elétricas forma produziram em 2019 pela empresa ele respondeu: "150 unidades."

Questionamos também a Aliança Bike sobre interferência que as bicicletas motorizadas (não citadas no referido documento), equipadas com motores a combustão de 49 cc e até 80 cc, ainda são as preferidas dos entregadores de bicicletas por aplicativo por causa do investimento menor, em comparação com as elétricas. Em alguns casos há possibilidade de colocar apenas um kit na bicicleta convencional, por cerca de 750 reais. Assim respondeu Guth sobre essa questão (das motorizadas), se tem atrapalhado o crescimento do mercado de bicicletas elétricas?

"Em primeiro lugar o kit de conversão de uma bicicleta para um ciclomotor com motor 2 tempos custa entre 100 e 200 reais (e não 750 reais). Já a bicicleta elétrica mais em conta, no mercado, não sai por menos de 3,5 mil reais. Não acreditamos que este mercado de conversão com motor 2 tempos esteja impactando o mercado de bicicletas elétricas. Há outros fatores que impactam diretamente e atrapalham o mercado de elétricas, como a alta tributação, a incidência da substituição tributária (ICMS), a ausência de linhas de financiamento para aquisição, a falta de economia de escala (por ser um mercado novo) e a falta de boa infraestrutura urbana (pública e privada) que impacta na demanda. As pesquisas feitas com ciclistas, que constam na Revista, mostram isso."

O diretor executivo da Aliança Bike enfatizou ainda que "as bicicletas elétricas voltadas para o mercado de ciclologística têm desenvolvimento próprio e distinto também. É um segmento que está crescendo rapidamente no mundo e um pouco no Brasil também. Temos feito vários estudos e projetos piloto mostrando o uso de bicicletas elétricas para a logística urbana, incluindo seu potencial. Há, ainda, desconhecimento por parte das empresas de logística (B2B ou B2C) sobre os modelos, usos e o potencial das elétricas."


Caderno Técnico sobre o Mercado de Bicicletas elétricas da Aliança Bike
Foto: Reprodução/Aliança Bike/Divulgação



autor do artigo

Eduardo Santos

Diretor de Redação da Revista Bicycle

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